terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Furnas

Furnas é uma freguesia portuguesa do concelho da Povoação, com 70,20 km² de área e 1 599 habitantes (2007). Densidade: 75,5 hab/km². Localiza-se a este de Ponta Delgada e Lagoa e sudoeste de Ribeira Grande. Confronta com o Oceano Atlântico a sul e montanhas a norte.
As principais actividades económicas são a agricultura e turismo.

As Furnas são muito conhecidas pelas suas águas térmicas, nomeadamente as caldeiras, a Poça da Beija e piscinas térmicas. Para além disso as Furnas são conhecidas pelo Hotel Terra Nostra constituído por uma piscina natural de águas termais e um magnifico jardim botânico, o Parque Terra Nostra e ainda também se pode visitar o parque natural onde se encontra alguns animais e algumas espécies de plantas. Também é nas Furnas que se encontra uma lagoa, a Lagoa das Furnas.
São também tradicionais das Furnas, os bolos lêvedos e o curioso cozido onde os ingredientes são cozinhados debaixo da terra sob o calor dos vulcões (a carne demora cerca de 5 a 6 horas e o bacalhau cerca de 3 a 4 horas). Este facto faz salientar um requintado sabor.
Esta localidade possui uma das maiores e mais diversificadas colecções botânicas do arquipélago.

 Lenda da Lagoa das Furnas

Há anos, no focal em que hoje é a Lagoa das Furnas, havia uma aldeia onde as pessoas viviam felizes e se, divertiam sem parar.
 Uma bela manhã, um jovem, quando foi buscar água à fonte para os arranjos da casa e para dar aos animais, viu que a água era salgada. Este acontecimento estranho fez com que o moço adivinhasse que alguma coisa anormal ia acontecer com a população da sua terra. Apoquentado, correu a contar aos vizinhos o que tinha visto e o que pensava, mas ninguém o acreditou:
 Passados dias, o rapaz voltou à fonte e ainda ficou mais espantado quando viu um peixe sair. Convenceu-se definitivamente de que iria acontecer qualquer coisa desagradável à sua pequena aldeia. A população não fez caso. O avô, homem já velho, disse às pessoas que parassem com os bailes e festas e que fosse um mais ligeiro ao alto de um pico a ver se no mar, para os lados do norte, estava uma ilha à vista.
 O povo pôs-se a rir e continuou com os festejos. Mas o velho subiu como pôde mais o neto ao alto do monte e de lá começou a chamar pelos outros e a dizer-lhes que fossem para a igreja porque estava à vista a ilha encantada das Sete Cidades, sinal de desgraça. Ninguém lhe ligou.
 Por esses dias, o dito rapaz teve de sair da aldeia para ir vender alguns animais na freguesia vizinha. Demorou algum tempo no seu negócio, mas voltou finalmente com a alegria de quem esteve longe e chega a casa. Quando se aproximava, começou a aperceber-se que tudo lhe parecia diferente. Finalmente chegou. Porém, no lugar onde deveria encontrar a sua terra, só estava ma grande lagoa de águas tranquilas.
 Um cataclismo tinha soterrado para sempre a povoação, mas lá em baixo a vida continuava. E por isso que hoje nesse lugar se percebe um cheiro intenso de pão cozido pelas pessoas que continuam a sua vida na povoação escondida pela bela Lagoa das Furnas.

Poça da Beija

A Poça da Beija, constitui um local desde há muito frequentado por locais. Um pouco recôndita e nem sempre devidamente divulgada, esta piscina termal de dimensões reduzida, fascina todos os que lá passam. Famosa por agua cristalina e lama ferrosa (óptima para a pele) fica localizada no centro da freguesia das Furnas.

Parque Terra Nostra

"Afirmar que o Parque Terra Nostra, localizado no Vale das Furnas, em São Miguel, é dos mais bonitos do mundo, não é pretensão! De tal forma que, em 2007, foi considerado um dos 12 jardins mais bonitos do mundo. Se ainda não conhece, marque a sua viagem aos Açores o quanto antes!
   
Que segredos e encantos esconde este paraíso? Sabia que está localizado no seio de uma cratera vulcânica adormecida? Sabia que se trata de um jardim botânico bicentenário, daqueles que fazem lembrar os clássicos jardins ingleses do século XIX? A propósito, deve referir-se o nome de Thomas Hickling, o americano a quem se deve a origem deste parque. Em 1780, era ele o cônsul dos Estados Unidos da América, em São Miguel, e aqui projectou a sua casa de férias. A sua exuberância não ficou por aqui; ao lado, mandou construir um bosque, o Yankee Hall. À frente, quis um lago, para poder fazer passeios de barco e pescar. A partir do final da primeira metade do século XIX, Duarte Borges da Câmara Medeiros, visconde da Praia, adquire esta propriedade.


Não satisfeito com as suas dimensões, o visconde manda aumentar o jardim, onde erige a actual Casa do Parque. Aos seus filhos ficou a dever-se o traçado e extensão do jardim, tal e qual se conhece actualmente. O século XX volta a trazer mudanças ao parque, desta vez, pelas mãos da família Bensaúde, que o tornou aberto ao público, para fins turísticos. Ao lado, é construído o Hotel Terra Nostra, enquanto se procede à restauração da Casa do Parque. Onde, antigamente, estava o tanque de recreio, passou a constar uma piscina termal de águas férreas, que faz as delícias dos muitos visitantes que acorrem a este jardim. Quando quiser passar da Casa do Parque ao lago termal, pare para contemplar as hortênsias orientais da escadaria. Um colosso.

A verdade é que os atributos deste jardim não ficam por aqui; o seu interior conserva espécies arbóreas centenárias, algumas delas raras e em vias de extinção, de origens transcontinentais. Da simbiose da variedade das espécies com as características vulcânicas do local, resulta um cenário deveras encantador! Vá à procura, por exemplo, da árvore mais alta de todo o parque, uma auracária secular, com 70 metros de altura. Na Casa do Parque, aprecie o Vale dos Fetos, que regista mais de 150 espécies. Se quiser saber mais sobre algumas espécies de árvores do Terra Nostra, procure o senhor Fernando Costa, jardineiro-chefe do projecto, responsável pelas reformas do jardim há mais de 27 anos, veja só! Com certeza que lhe vai sugerir uma visita ao Jardim das Camélias, onde estão mais de 300 variedades…

Siga em direcção ao chamado Açucareiro, de onde se avistam os lagos. Sem medo, atravesse o Lago Central aos saltinhos, recorrendo às pedras que garantem a sua chegada ao outro lado. Vá admirando as bolhas de água que se formam, devido às elevadas temperaturas da água. O resto fica por sua conta. Apenas quisemos dar-lhe o mote. A partir daqui, descubra por si."
 

 Bolos Lêvedos

Os bolos lêvedos são uma especialidade gastronómica típica e exclusiva do Vale das Furnas, freguesia do Concelho da Povoação, Ilha de São Miguel, Açores. Constituíram a base da alimentação dos primeiros colonos daquela verdejante localidade micaelense.
Hoje, graças ao grande número de veraneantes e turistas que afluem aquela estância termal, os bolos lêvedos tornaram-se uma referência incontornável da gastronomia local, sendo conhecidos e apreciados por pessoas de todo o mundo.
Têm forma cilíndrica semelhante a pequenos discos, cor castanho, com os bordas claros, textura favada muito fofa e um peculiar sabor ligeiramente adocicado.

 Lagoa das Furnas

A Lagoa das Furnas é uma lagoa portuguesa, localizada na ilha açoriana de São Miguel, arquipélago dos Açores, na localidade das Furnas, município da Vila da Povoação e está relacionada com a formação vulcânica das Furnas. Encontra-se a uma cota de altitude que ronda os 600 metros.
Encontra-se rodeada um abundante vegetação macaronésica, além de igualmente abundantes manifestações vulcânicas do tipo Fumarola, sulfatara e caldeiras de águas ferventes. Nas margens desta lagoa e devido às águas ferventes vulcânicas fazem-se os tradicionais Cozidos à Portuguesa, debaixo da terra com o calor dessas manifestações vulcânicas.
Nas margens desta lagoa encontra-se uma das mais curiosas capelas da ilha de São Miguel dedicada a Nossa Senhora das Vitórias, este templo, a Capela de Nossa Senhora das Vitórias foi destinada a ser o Mausoléu de José do Canto e foi solenemente inaugurada em 15 de Agosto de 1886.

Miradouros

  • Miradouro do Pico do Ferro - Este miradouro encontra-se a uma cota de altitude que ronda os 570 metros, na elevação do Pico do Ferro. Oferece uma imensa vista sobre a vasta cratera vulcânica do Vale das Furnas, a Lagoa das Furnas destaca-se a direita do miradouro e o vale abra-se a esquerda.É ainda possível observar toda a área montanhosa circundante. A passagem por este miradouro faz parte da lista dos passeios pedestres do concelho da Povoação.
  • Miradouro das Pedras do Galego -  Miradouro português localizado na freguesia das Furnas, concelho da Povoação, na ilha açoriana de São Miguel.Este miradouro oferece uma vista sobre a freguesia das Furnas bem como sobre quase todo o Vale das Furnas, incluindo parte da Lagoa das Furnas.
  • Miradouro do Salto do Cavalo - miradouro português localizado no concelho da Povoação, freguesia das Furnas, ilha de São Miguel. Este miradouro localiza-se no Pico do Salto do Cavalo a cerca de 760 metros de altitude e oferece uma vasta vista que se estende sobre o Vale da Povoação e a suas sete lombas. Ao longe tem o mar a preencher a paisagem que se estende até ao horizonte.



    Iremos continuar este post para falar dos trilhos existentes nas Furnas.






 


quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Sete Cidades - Trilhos pedestres



PR4SMI - Mata do Canário – Sete Cidades


Este percurso começa junto à Mata do Canário, termina na freguesia das Sete Cidades e tem a duração total de cerca de 2,5 h. Inicia-se por um piso alcatroado (cerca de 100 metros) que desce junto dum aqueduto até ao Muro das Nove Janelas. Nesse local, vire à esquerda para um caminho de terra batida. Esta parte do trilho sobe sempre, até chegar à vertente norte da cumeeira da Lagoa Azul das Sete Cidades. Prossiga, contornando a Lagoa até chegar a uma bifurcação. Nesse local, vire à esquerda e desça até à freguesia das Sete Cidades, onde o trilho termina. Em diversos pontos do percurso pode apreciar-se uma vista panorâmica das Lagoas das Sete Cidades. Todo este percurso percorre uma zona classificada como Paisagem Protegida. É responsabilidade de todos(as) nós contribuirmos para a sua protecção, bem como assegurar a sua biodiversidade através da conservação deste habitat natural.


Ilha: São Miguel
Dificuldade: Fácil
Extensão: 11 Km
Tempo: 3h 00m


PRC5SMI - Serra Devassa


Este trilho começa e termina perto da Lagoa do Canário e tem a duração de cerca de 2h. Atravessa toda a zona da Serra Devassa, onde se localizam o maior número de lagoas da Ilha de São Miguel. Poderá conhecer, além da já referida Lagoa do Canário, a Lagoa das Éguas, Lagoa Rasa e Lagoa do Carvão, entre outras. Chama-se também a atenção para um aqueduto (chamado “Muro das Nove Janelas”) que serviu para o transporte de água para Ponta Delgada, e que se pode observar junto da Lagoa do Pau Pique. As sinalizações indicam-lhe, com facilidade, o caminho a percorrer. No entanto neste percurso, que decorre entre os 750 e os 900 m de altitude, é frequente a ocorrência de nevoeiro. É por isso aconselhado o período entre Fevereiro e Outubro para o percorrer.


Ilha: São Miguel
Dificuldade: Fácil
Extensão: 4.2 Km
Tempo: 2h 00m



PR3SMI - Vista do Rei – Sete Cidades

Este percurso começa no Miradouro da Vista do Rei, termina na freguesia das Sete Cidades e tem a duração total de cerca de 2h. Inicia-se pela vertente oeste da Cumeeira da Caldeira das Sete Cidades. Nesta parte do percurso pode observar-se: do lado direito a Caldeira Seca e as Lagoas das Sete Cidades e do lado esquerdo a costa oeste da Ilha de São Miguel. Deve seguir por este caminho, de terra batida, até chegar à estrada alcatroada que liga a freguesia dos Mosteiros à das Sete Cidades. Prossiga para a direita e desça até surgir à esquerda um caminho de terra batida. Continue nesse caminho até encontrar uma bifurcação onde este trilho se cruza com o percurso PR-4-SMI (como pode observar na foto). Nesse local, vire à direita e desça até à Freguesia das Sete Cidades. O percurso percorre uma zona classificada como Paisagem Protegida. É responsabilidade de todos(as) nós contribuirmos para a sua protecção, bem como assegurar a sua biodiversidade através da conservação deste habitat natural.


Ilha: São Miguel
Dificuldade: Fácil
Extensão: 7 Km
Tempo: 2h 00m

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Sete Cidades - Miradouros e Lendas


Hoje propomos um passeio até às Sete Cidades.

Sete Cidades é uma freguesia portuguesa do concelho de Ponta Delgada, Região Autónoma dos Açores, com 19,22 km² de área e 858 habitantes (2001). Densidade: 44,6 hab/km². Localiza-se a uma latitude 37.87 norte e a uma longitude 25.78 oeste, estando a cerca de 260 metros de atitude no interior da caldeira do vulcão das Sete Cidades, na margem oriental da lagoa do mesmo nome.

O nome da freguesia tem raízes nas lendárias Sete Cidades do Atlântico e é uma das múltiplas ocorrências do topónimo nas zonas de expansão portuguesa quinhentista.

Situada na parte plana da margem da Lagoa Azul, a freguesia conserva casas tradicionais, algumas ainda com os graneis de pés altos.

Em termos arquitectónicos, destacam-se a Igreja de São Nicolau, em estilo neogótico, inaugurada em 1852, a casa dos herdeiros de Caetano de Andrade, e o túnel de descarga da lagoa, inaugurado em 1937.

Na sua viagem para as Sete Cidades pode parar em vários miradouros e apreciar a vista para a Lagoa. Sugerimos os seguintes miradouros:

  • Miradouro do Cerrado das Freiras - este miradouro oferece uma perspectiva panorâmica da lagoa das Sete Cidades, e localiza-se na descida da serra a caminho das Sete Cidades. Deste miradouro obtêm-se uma panorâmica mais próxima sobre a lagoa Azul e terrenos circundantes.
  • Miradouro da Vista do Rei - Miradouro situado a sul da caldeira vulcânica da Lagoa das Sete Cidades, junto à Lagoa Verde. Este miradouro está no local onde o rei D. Carlos e a rainha D. Amélia apreciaram a vista.
  • Miradouro da Lomba do Vasco - Miradouro situado junto à caldeira da Lagoa das Sete Cidades, com vista privilegiada sobre a costa noroeste da ilha de S. Miguel, com destaque para a localidade de Mosteiros, com os seus pequenos ilhéus em frente.
  •  Miradouro de Santa Bárbara - Miradouro situado na cumeada do lado norte da Lagoa das Sete Cidades, com a lagoa Azul em frente e a lagoa Verde ao longe, no lado oposto do Miradouro da Vista do Rei.
  • Miradouro do Pico da Cruz - O Pico da Cruz é o ponto mais alto da cumeada da caldeira da Lagoa das 7 Cidades. Com uma altitude de 845 m, junto a um vértice geodésico, tem uma vista privilegiada sobre toda a caldeira vulcânica e as suas diversas lagoas.
  • Miradouro da Grota do Inferno - Situado junto à Mata do Canário, no Parque do Canário onde se situa a Lagoa do Canário e um agradável parque de merendas, este miradouro tem uma vista soberba sobre a Caldeira das Sete Cidades.

A beleza da lagoa, com a sua cor azul de um lado e verde do outro, situada numa caldeira vulcânica, num maciço onde marcam presença mais 18 outras lagoas com formação diversa e com o mar à vista, transmite a este lugar uma magia muito própria. São por isso inúmeras as histórias e lendas acerca dela.
Lendas das Setes Cidades

A Lenda das Sete Cidades, Terra de Atlantes é uma tradição oral da ilha de São Miguel, nos Açores. Engloba os mitos da lendária Atlântida, descrita por Platão, e a fé cristã.
 
Conta a lenda que na ilha das Sete Cidades vivia uma princesa muito bonita de nome Eufémia, filha do rei Atlas e neta do deus Júpiter. A princesa tinha uma alma bela e pura, como o seu corpo. Adorava a liberdade, e por isso recusou o casamento preparado por seu pai com um dos filhos de Neptuno, monarca de outros tantos reinos na Atlântida.
Neptuno ficou muito ofendido com a recusa da princesa Eufémia e mandou destruir o reino do seu pai, tendo nessa contenda morrido a princesa. No outro mundo a princesa ter-se-á convertido à fé cristã e desejado voltar à Terra para espalhar o bem. O seu desejo foi satisfeito.
Quando voltou à terra para cumprir os seus novos desígnios, foi posta numa ilha a que alguém num passado muito antigo tinha dado o nome de Sete Cidades. Era então um local muito pobre, onde se vivia em grande miséria e dor. Com a chegada da princesa, rapidamente as coisas começaram a mudar e a vida melhorou nas Sete Cidades, levando ao desaparecimento da dor e da miséria.
Actualmente, na ilha de São Miguel ainda há quem acredite que a bela princesa Eufémia habita a ilha. Vive na caldeira dentro do grande vulcão que fez nascer o Vale das Sete Cidades, encarnada numa bela solanácea de frutos cor de laranja e muito sumarentos, e cujas folhas têm excelente aplicação medicinal. Diz a lenda que "Aquele que beber deste mágico filtro espiritual fica curado das suas mágoas, defendido dos seus infortúnios".

A Lenda do Bispo Genádio e as Sete Cidades é uma tradição oral da ilha de São Miguel, nos Açores. Está relacionada com o mito das Sete Cidades, num ambiente de guerras e feitiços.
 
Genádio era um rapaz que tivera toda uma juventude de aventuras. Era o filho mimado e rico de um pai poderoso. Um dia descobriu que tinha poderes especiais, particularmente de necromante. Um dia Genádio fartou-se da vida que levava, e fez-se padre e anacoreta. Assim consagrou toda a sua vida e existência a Deus.
Juntando as suas capacidades de necromante à actividade de religioso, rapidamente fez fama que se espalhou e depressa chegou aos ouvidos do Sumo Pontífice, que depois de ouvir os que se contava resolveu fazê-lo bispo. Graças aos seus dotes, depois de arcebispo rapidamente chegou a bispo, sempre usando as suas capacidades de Necromancia.
Numa noite uma criança recém-nascida foi posta na porta da sua igreja da sua diocese. Recolhida pelo bispo, a linda menina foi rodeada de todos os carinhos. Como não se sabia quem eram os pais, ficou ao cargo do bispo e foi educada como princesa.
Foi por estas alturas que as hostes de Mafamede invadiram a Península Ibérica. Vendo-se em perigo, o Bispo Genádio resolveu reunir todos os seus condiscípulos e partir. Mandou construir uma frota de grandes barcos e partir para o Grande Mar Oceano Ocidental acompanhado pela menina que adoptara e por grande número de cidadãos.
Depois de muitos dias a navegar no oceano, chegaram a uma ilha desconhecida e desabitada. Nessa ilha fundearam os seus barcos e resolvendo-a adoptar como sua fundaram ali uma grande cidade por cada um dos arcebispos que acompanhavam a cúria, no total de Sete Cidades.
Depois de muitos anos, a menina de então cresceu para se tornar um bonita moça que começava a chamar à atenção de quem a via. À medida que se transformava em mulher, sonhava e esperava um dia voltar ao grande e distante continente de onde um dia partira. As suas confidências para com as aias chegaram ao conhecimento do bispo que, cioso e com medo de perder a pureza da jovem, preparou-se para a defender de quem a pudesse pretender.
Não tendo outras armas de que se socorrer, voltou a recorrer das suas antigas práticas de necromancia e magia para ocultar a ilha de quem dela se aproximasse. Mas numa certa manhã ensolarada surgiu uma caravela no horizonte, que rumava à ilha e trazia desenhada no velame a Cruz da Ordem de Cristo.
Furioso, Genádio vociferava pelos corredores do seu palácio, sem entender por que os seus dotes de necromancia estavam a falhar. E quando a caravela já estava perto da terra e quase a acostar, recorreu aos extremos do seu satânico poder. Repentinamente e sem qualquer aviso, a bela e encantadora ilha transformou-se em um enorme e furioso vulcão que explodiu, destruindo todo em seu redor. Assim ficou apenas na memória dos poucos sobreviventes a lenda das Sete Cidades que tinham sido fundadas por Genádio e pelos seus seguidores.



A Lenda da Ilha das Sete Cidades é uma tradição oral da ilha de São Miguel, nos Açores. Versa sobre a descoberta de uma terra lendária relacionada com o mito das Sete Cidades.

Reza a lenda que quando os árabes Tárique ibn Ziyad e Musa ibn Nusair vieram do Norte de África para levar a cabo a invasão muçulmana da Península Ibérica, sete bispos cristãos que viviam no norte peninsular, algures pelos arredores de Portucale, tiveram de fugir à horda invasora. Partiram para o mar em busca da lendária e remota ilha Antília, ou Ilha das Sete Cidades, que segundo uma lenda já antiga nesses tempos, existia algures no Grande Mar Oceano Ocidental.
Dessa partida mais ou menos precipitada ficou o registo na linguagem popular, ao ponto de séculos mais tarde, já depois da Reconquista cristã, os reis de Portugal terem manifestado o desejo de alcançar essa ilha perdida no mar. Dizia-se que para os lados do Oriente ficava o reino do Preste João, e para o Ocidente, no Grande Mar Ocidental ficava a ilha de Antília ou Ilha das Sete Cidades.
Do medieval reino de Portugal partiu um dia uma caravela denominada "Nossa Senhora da Penha de França" (nome actualmente vulgar em vários locais e em varias ilhas dos Açores) com o objectivo de um dia encontrar essa lendária ilha perdida e para muitos encantada.
A caravela navegou para Ocidente durante muito tempo, passou por grandes ondas e peixes gigantes, calmarias e tempestades. E foi depois de uma dessas tempestades, depois do desanuviar dos nevoeiros de São João, que se lhes deparou uma ilha no horizonte. Rapidamente rumaram para a nova terra avistada e pouco depois aportaram numa terra maravilhosa, coberta de verdes sem fim e de azuis celestiais.
A caravela esteve fundeada por três dias, os marinheiros desembarcaram e com eles três frades que procuraram estabelecer relações com o monarca da ilha. Visitaram palácios, florestas, rios e lagos, e estudaram os costumes dos locais. Escutaram e aprenderam a linguagem dos habitantes, por sinal muito parecida com a que se falava no Portugal de então.
No final dos três dias de estadia em terra, os três frades e todos os marinheiros voltaram para a caravela com o objectivo de voltar ao reino de Portugal a contar ao rei a nova descoberta. No entanto, mal se começaram a afastar da costa a ilha foi repentinamente envolta por brumas, e como que por encanto desapareceu no mar.
Depois de narrados os acontecimentos ao rei português, este mandou uma embaixada para estabelecer relações com a nova ilha e não a encontraram. Foram feitas muitas buscas durante muitos séculos, até que um dia como que por encanto a ilha se deparou novamente às caravelas portuguesas. Estranhamente, encontrava-se desabitada, pelo que foi ocupada pelos portugueses, que deram à caldeira central do seu vulcão mais emblemático o nome da terra lendária de Sete Cidades.
Ainda hoje, por vezes, a caldeira e o seu gigantesco vulcão vivem no mundo das nuvens. Quem chega ao Miradouro da Vista do Rei, num dos rebordos da caldeira, tem uma visão deslumbrante do Vale das Sete Cidades, que por vezes aparece e desaparece nas nuvens e nevoeiros. É uma região onde as nuvens pairam, entre o céu e a terra. A luz por vezes parece difusa envolta numa névoa de estranho mistério.

A Lenda da princesa e do pastor no reino das Sete Cidades é uma tradição oral da ilha de São Miguel, nos Açores. Versa sobre a origem das lagoas da caldeira do vulcão das Sete Cidades que, apesar de unidas, têm duas cores diferentes, sendo uma verde e outra azul. Esta lenda faz parte do complexo lendário das Sete Cidades, um reino antigo e mítico, perdido algures no grande mar oceano acidental.
Os reis desta terra encantada tinham uma linda filha que não gostava de se sentir presa entre as muralhas do castelo e saía todos os dias para os campos. Adorava o verde e as flores, o canto dos pássaros, o mar no horizonte. Passeava-se pelas aldeias, pelos montes e pelos vales.
Durante um dos seus passeios pelos campos conheceu um pastor, filho de gente simples do campo que vinha do trabalho com os seus rebanhos. Conversaram quase toda uma tarde das coisas da vida, e viram que gostavam das mesmas coisas. Dessa conversa demorada veio a nascer o amor e passaram a encontrar-se todos os dias, jurando amores eternos.
No entanto a princesa já com o destino traçado pelos seus pais, tinha o casamento marcado com um príncipe de um reino vizinho. E quando o seu pai soube desses encontros com o pastor, tratou de os proibir, concedendo-lhe no entanto um encontro derradeiro para a despedida.
Quando os dois apaixonados se encontraram pela última vez, choraram tanto que junto aos seus pés aos poucos foram crescendo duas lagoas. Uma das lagoas, com águas de cor azul, nasceu das lágrimas derramadas pelos olhos também azuis da princesa. A outras, de cor verde, nasceu das lágrimas derramadas dos olhos também verdes do pastor.
Para o futuro ficou, reza a lenda, que se os dois apaixonados não puderam viver juntos para sempre, pelo menos as lagoas nascidas das suas lágrimas ficaram juntas para sempre, jamais se separando.

 A Lenda do rei Branco-Pardo e da rainha Branca-Rosa nas Sete Cidades é uma tradição oral da ilha de São Miguel, nos Açores. É uma das diversas lendas que procura explicar a formação da Caldeira das Sete Cidades no fundo da qual se encontra a bonita Lagoa das Sete Cidades.
 Em tempos havia um reino cujo monarca se chamava Branco-Pardo e a rainha Branca-Rosa. Este casal real não tinha filhos, facto que lhes causava grandes desgosto. Durante uma noite em o rei se encontrava no seu dossel, teve um sonho visionário em que lhe foi dito que lhe seria dada uma filha, sob a condição de tanto ele como a rainha só a verem quando a princesa completasse vinte anos. Como o rei não tinha herdeiros, concordou com o sonho e assim foi.
Algum tempo depois nasceu uma linda princesa que foi separada dos pais e retirada para o local das Sete Cidades, que o pai foi obrigado a mandar construir por ordem do seu sonho. A princesa partiu logo nas primeiras horas de vida sem ser vista por qualquer um dos pais, levada por uma ama.
Longa, de vinte anos, era a espera prevista, e a ansiedade também; a tal ponto que o rei Branco-Pardo, alguns anos depois e não podendo aguentar mais, um dia partiu para as Sete Cidades para ver a sua filha, mesmo contrariando a vontade dos deuses.
Ao chegar junto dos gigantes portões que fechavam a imensa muralha, o rei encontrou-os fechados. Mandou arrombar os portões e, no momento em que os portões finalmente cederam e começaram a tombar, a terra começou a tremer e um tremendo cataclismo vulcânico abateu-se dobre o reino.
No local das Sete Cidades onde a princesa vivia encontra-se actualmente a cratera do enorme vulcão das Sete Cidades, e o seu vale. No fundo do vale encontram-se duas lagoas: uma de águas verdes, onde se encontram debaixo das águas os sapatinhos da princesa que dão cor às águas; a outra lagoa, de cor azul, esconde sob as suas águas o chapéu azul que a pequena princesa trazia na cabeça.

Iremos continuar a falar das Sete Cidades, nomeadamente dos trilhos pedestres que pode efectuar neste local paradisíaco. 

















terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Ideias para Quinta e Sexta

No dia 15 de Dezembro se for à Ribeira Grande, pode assistir a um desfile de Pais Natal.  Entretanto se gosta de desportos radicais, apareça para ver a 1ª Concentração de Skateboard às 16h30 junto ao Bar do Pi, nas Portas do Mar, Ponta Delgada.

 

No dia 16 de Dezembro, pode assistir a um Concerto de guitarra clássica pelo açoriano Ruben Bettencourt, às 21h30 no Teatro Micaelense. O talento deste jovem tem sido reconhecido nacional e internacionalmente, pela atribuição de diversos prémios em competições internacionais. Em 2011, alcançou o segundo lugar no "World International Classical Guitar Competition 2011”, na Sérvia, e no "II Omis Guitar Festival", na Croácia.


Programa

- Sonatas K. 208 e 209 – Domenico Scarlatti (Tr. Carlo Marchione)

- Sonata – Joaquin Turina

- 3 Forest Paintings – Konstantin Vassiliev
I – The Old Oak
II – Snowdrop
III – Dance of the Forest Ghosts

- Toccata – Joaquin Rodrigo

- Sonata op 47 – Alberto Ginastera
I - Esordio
II – Scherzo
III – Canto
IV - Finale



Propostas natalícias para a sua quarta-feira

São inauguradas quarta-feira, pelas 18h30, no Museu Municipal da Ribeira Grande as exposições “Presépios do mundo”, da autoria de Roberto Medeiros.
As exposições incluem os presépios que Roberto Medeiros foi colecionando ao longo das suas viagens, bem como a arte artesanal dos presépios de lapinha.
A coleção de Roberto Medeiros está patente ao público até 8 de Janeiro, das 09h00 às 17h00.



Data:14 Dezembro até 15 Dezembro

Local: Lagoa

Ilha: São Miguel

Categoria: Outros

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Sábado: A Grande Aventura do Pai Natal





A história deste espetáculo infantil anda á volta da eterna luta entre o bem e o mal na qual o bem sempre ganha. Desta vez iremos acompanhar o Pai Natal na sua grande viagem anual desde o seu local de trabalho (Lapónia). Nesta viagem vai encontrar alguns obstáculos mas com a ajuda dos seus amigos conseguirá chegar a tempo e distribuir as prendas. É grande a azáfama na fábrica de brinquedos do Pai Natal pois a grande viagem está a aproximar-se! O trenó e as renas estão a postos e tudo parece correr bem com a ajuda dos pinguins (Happy Feet )… mas os inimigos do Pai Natal estão a conspirar. Em reunião geral no Castelo, a Bruxa Má ( OZ) , o Príncipe Charming ( Shrek) , Capitão Gancho e alguns piratas, e ainda alguns “maus da fita” planeiam atacar o Pai Natal. Estão fartos da sua popularidade e como tal a ideia é roubarem-lhe todos os brinquedos na noite mais esperada pelas crianças! Entretanto o Pai Natal atarefado como nunca, carrega o trenó mas surge a primeira contrariedade. Este ano as renas não conseguem voar pelo que a viagem terá de ser por terra – mais longa e perigosa! Logo é atacado na floresta mas Shrek, o Burro e o Gato das Botas aparecem e salvam-no! Segue a viagem escoltado por estes três amigos onde encontra Dorothy ,o Leão, o Homem de Lata e o Espantalho que o previnem das intenções da Bruxa Má. Ela encontra-os, e lança o seu feitiço. Ficam todos presos e quando a Bruxa Má vai anunciar ao mundo que prendeu o Pai Natal as renas e os amigos, surge a reviravolta com todos os amigos do pai Natal. Os personagens de Madagascar e Toy Story! Chega ao porto e prepara-se para embarcar no barco mas o Capitão Gancho está à espera …a aventura continua! Será que vai conseguir chegar a tempo? Com projeções, efeitos especiais, máquinas de neve, luz e som ainda mais aperfeiçoado e com grande interação com o público A GRANDE AVENTURA é um espetáculo fantástico que prenderá a atenção das crianças e dos adultos! 


Local: Coliseu Micaelense
2 sessões: 15h00 e 18h00







terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Propostas para o seu feriado - 8 de Dezembro




No dia 8 de Dezembro comemora-se o dia de Nossa Senhora da Conceição e em Ponta Delgada, com maior expressão, assim como em diversos concelhos de São Miguel organiza-se o Dia das Montras.


O dia 8 de Dezembro, Dia das Montras em Ponta Delgada, constitui uma tradição de muitos anos, que se repete na capital micaelense e que anima as ruas com vários acontecimentos contribuindo para a dinamização do comércio tradicional e constituindo um bom programa e uma boa forma de levar os Micaelenses a visitar Ponta Delgada.
É nesta altura que os comerciantes se empenham em mostrar os seus melhores produtos e apresentar as suas montras de forma apelativa e, por vezes, divertida, sempre com vista a obter o primeiro prémio do concurso, que decorre, neste dia, para premiar a melhor montra de Ponta Delgada.
A partir deste dia a cidade de Ponta Delgada abre, ainda mais, o seu coração para o Espírito Natalício!


Neste dia poderá visitar a Feira de Artesanato no Pavilhão do Mar (último dia) e assistir a:




18h00 Animação Rua com a escola de percussão Centro Histórico da Cidade:

“Bora Lá Tocar”

19h00 Concerto da Banda Municipal de Academia das Artes dos Açores (Ponta Delgada)  - Direcção do maestro Rafael Moniz Vieira



21h00 Passagem de Modelos do Comércio Tradicional -  Praça do Municipio




21h30 Concerto da Nossa Senhora da Conceição Igreja de São José

Acompanhará o Coral de São José a Banda Militar dos Açores com um repertório diversificado, do qual destacamos a "Missa Katharina", peça sacra contemporânea do compositor Jacob de Haan, dedicada ao furacão "Katrina" que em 2005 assolou a zona sul dos Estados Unidos da América.

A referida obra que será interpretada pela primeira vez em Ponta Delgada, foi estreada a 4 de Novembro na cidade do Porto aquando da actuação do Coral de São José com a Banda Militar do Porto.

Este ano, o Concerto de Nossa Senhora da Conceição reveste-se de um carácter de beneficência, cujas receitas são a favor das obras de restauro de um dos mais importantes templos dos Açores - a Igreja de São José - monumento classificado e, de grande relevância do património regional e nacional.

Os ingressos deverão ser adquiridos no Cartório desta Igreja e no próprio dia do Concerto à entrada. 



sábado, 3 de dezembro de 2011

Harlem Gospel Choir actua este domingo no Coliseu Micaelense


O gospel tem a condição singular de ser ao mesmo tempo uma música de devoção e de celebração e por isso as atuações do Harlem Gospel Choir são sempre exuberantes e profundamente sentidas. Aliando-se a esse fato o reportório cuidadosamente escolhido, interpretado com alma, vivacidade e paixão, obtém-se um espetáculo perfeito para toda a família. Foi exatamente essa característica que o presidente Obama teve em conta quando convidou o Harlem Gospel Choir para cantar na abertura da sua campanha. A benção parece ter resultado. O Harlem Gospel Choir já atuou ao lado ou em frente de alguns dos maiores nomes do planeta: de Nelson Mandela ao Papa João Paulo II, de Paul McCartney a Jimmy Cliff e Diana Ross. 
 
Dia 5 de Dezembro
21h30
 
 
 


Festival de artesanato "A Prenda"

Festival de artesanato nas Portas do Mar


O certame, organizado pelo Centro Regional de Apoio ao Artesanato, vai realizar-se até oito de Dezembro, na cidade de Ponta Delgada.

Desde o dia um de Dezembro,que o Pavilhão do Mar, em Ponta Delgada, recebe o Festival de Artesanato dos Açores, que assume a designação de “A Prenda”.

O certame, organizado pelo Centro Regional de Apoio ao Artesanato, prolonga-se até ao feriado de oito de Dezembro.

Segundo fonte do Governo Regional, que promove a iniciativa, para os dias de funcionamento do festival está prevista a realização de workshops diários abertos ao público relativos à criação de bonecos de trapos, de bonecas em folha de milho ou de dragoeiro e de confeção de alfenim, um doce típico dos Açores.

No espaço em que decorre o certame vai estar também patente a exposição "Brinquedos de Ontem, Bonecreiros de hoje", do Centro Regional de Apoio ao Artesanato, e uma mostra de brinquedos artesanais e eruditos do Museu Carlos Machado, de Ponta Delgada.

Ao longo dos dias de festival será ainda servido um chá diário acompanhado de provas de doces regionais, entre os quais figuram a massa sovada, as queijadas da Vila e da Graciosa e as D. Amélias.

A feira funcionará, todos os dias, entre as 16h00 e as 0h00, no Pavilhão do Mar, na cidade de Ponta Delgada.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Mostra de presépios - de 01 Dezembro a 05 de Fevereiro de 2012



“Tradição e Modernidade” é o tema da quarta exposição de presépios da colecção de Fernando Flor de Lima que foi  inaugurada ontem, pelas 17h00, no Museu do Presépio.

Trata-se de uma iniciativa cultural da Câmara Municipal de Lagoa, inserida no seu plano de actividades, que tem como principal propósito, para além da comemoração da quadra festiva natalícia, a divulgação e promoção de uma arte popular inerente à história e cultura identitária do Concelho de Lagoa como é, de facto, a concepção de bonecos de presépios. Aliás, esta tradição peculiar constitui o fundamento para a futura instalação do Museu do Presépio na Lagoa, um projecto que será pioneiro a nível regional e nacional.

Nesta exposição, estarão patentes ao público, pela primeira vez, 33 presépios da colecção privada de Fernando Flor de Lima, que ascende as quinhentas peças, e assenta na diversidade de materiais, que vão desde presépios manufacturados em arame, bronze, chapa zincada, cortiça, cristal brilhante e fosco, folha de eucalipto, inox, madeiras diversas, marfim, missangas, parafina, vidrofusão, a par de outros.

Patente até ao dia cinco de Fevereiro de 2012, os presépios em exibição conciliam, deste modo, uma tradição secular que concebidos em materiais diversos, evidenciam a modernidade de uma época e, através da qual se pretende dar a conhecer às gerações vindouras exemplares tradicionais e modernos, bem como o talento, o engenho e a arte dos diversos artistas envolvidos.

JornalDiario

Especial Inverno


quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

As Baleeiras - propostas para as noites de 2, 3 e 4 de Dezembro



O espectáculo de teatro "Baleeiras - uma odisseia contemporânea" é uma criação de Maria Simões (ao abrigo de ter recebido a bolsa de criação artística (dramaturgia) atribuída pela Direcção Regional da Cultura em 2010 e é produzido por Descalças Cooperativa Cultural. Estreia nos dias 2, 3 e 4 de Dezembro no Celeiro nº 1 da fábrica Moaçor (Grupo Finançor) em Ponta Delgada. Tem como principais apoios a Secretaria Regional da Solidariedade Social, a Finançor, a Câmara Municipal de Ponta Delgada, o Teatro Micaelense e o Teatro Ribeiragrandense. Entrada solidária: 3€ (mínimo). 

Dramaturgia e Encenação: Maria Simões Interpretação: Catarina Rodrigues, Catarina Fernandes, Deuzinha Rego, Isabel Castro e Silva, Laurinda Sousa, Lina Pimentel, Maria Ramos, Mariana Medeiros Produção: Descalças cooperativa cultural Música: Fran Perez Cenografia: Mário Medeiros Figurinos: Sandra Botelho - Oficina Têxtil Vídeo: Andreia Luís e Maria Simões Desenho de luz: André Raposo Desenho gráfico: Ana do Canto e Fernando Fonseca Fotografias de Cena: Fernando Fonseca Maquilhagem: Otília Botelho Cabelos: Xana Assistência de ensaios: Alex Pereira Interpretação (figuração muito especial): Margarida Benevides, Alex Pereira, Ruben Santos, Tânia Casado, Natália Bautista, Tânia, Valéria Guimarães Produção executiva: Natividad Mellado, Isis López, Catarina Fernandes Making off: Mário Roberto, Emanuel Costa, Miguel de Sá ... 



Dada a limitada lotação do espaço - o celeiro é grande mas a plateia é pequena :) deverá efectuar reserva antecipada dos bilhetes através do email descalcas.bilheteira@gmail.com ou do telemóvel 919844505. Os bilhetes têm um preço mínimo de 3€ e podem ser levantados no local e dia do espectáculo a que pretenda assistir.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Termas da Ferraria


Junto ao mar, no extremo sudoeste da ilha de São Miguel, Açores, situa-se o lugar da Ferraria.
Integrado no Monumento Natural Regional do Pico das Camarinhas e Ponta da Ferraria, esta zona de protecção da natureza é composta por diversas estruturas de origem vulcânica de grande valor paisagístico e científico.
Este acontecimento geológico é anterior ao povoamento da ilha de São Miguel e teve origem numa erupção estromboliana que construiu um cone de escórias e originou uma escoada de lava. A lava desceu pela arriba em direcção ao mar e construiu uma fajã lávica.


A entrada desta corrente lávica no mar, gerou uma explosão freática, que por sua vez criou uma estrutura vulcânica em forma de cone, encimada por uma cratera.
Não sendo uma cratera comum, por não estar associada a uma chaminé vulcânica de cuja profundidade viria o magma, esta cratera é científicamente designada de pseudocratera e é considerada, pela sua singularidade e beleza, um Geomonumento a preservar.
Mas para além da sua beleza e interesse científico, o lugar da Ferraria tem outra grande riqueza: as suas duas nascentes de águas termais de origem vulcânica que aquecem as piscinas naturais da Ferraria e abastecem o seu complexo Termal. As qualidades terapêuticas das águas termais da Ferraria levaram a que esta se tornasse um local quase de culto.

As Termas da Ferraria datam de meados do século XX, mas as qualidades da sua água já eram referidas quatro séculos antes por Gaspar Frutuoso na obra ‘Saudades da Terra’.
Consideradas um caso único no mundo, devido à existência de água salgada termal com um teor de enxofre muito elevado, as águas da Ferraria, além de curarem problemas de reumatismo e nevrites, são também usadas para tratar de doenças de outros foros.


Com o investimento recentemente concluído, foi possível manter a traça original do edifício original e, em simultâneo, dotá-lo de evoluídos equipamentos, o que permitiu criar um moderno SPA Termal, que concilia o conceito tradicional de termas com fins terapêuticos e medicinais a uma vertente mais moderna de turismo termal e de técnicas de fisioterapia, relaxamento e bem estar.


O SPA Termal da Ferraria está aberto todos os dias, excepto Segundas-feiras, das 10:00 às 19:00, sem interrupção para almoço.

Sempre que o dia de folga (Segunda-feira) coincide com um Feriado, o SPA Termal da Ferraria está aberto na Segunda Feriado e encerra na Terça-feira seguinte.

Com pré-reserva e mediante as condições apresentadas no programa "night spa", o horário poderá ser alargado até às 22:00. Para mais informações consultar o menu "Tratamentos, Programas e Preços" ou contactar através do telefone 296 295 669 ou email reservas@termasferraria.com.


Cancelamento:
As reservas poderão ser canceladas sem qualquer penalização até 48 horas antes da data a que se referem. Não sendo respeitado este prazo, haverá lugar a uma taxa de cancelamento correspondente a 50% do valor do serviço.
IDADE DOS UTENTES
Os serviços do SPA termal da Ferraria estão disponíveis para todas as pessoas com idade igual ou superior a 12 anos.
As actividades outdoor, restaurante, bar e piscina exterior poderão ser frequentadas por crianças, desde que acompanhadas por um adulto responsável pelas mesmas.
EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS A LEVAR PARA O SPA TERMAL DA FERRARIA
Por uma questão de comodidade, deverá trazer fato de banho, touca, roupão e chinelos. As toalhas são fornecidas pelo SPA Termal. No caso de ter agendado um tratamento individual, terá acesso à utilização gratuita de um roupão e de chinelos do SPA Termal.
Se utilizar maquilhagem, traga consigo um creme desmaquilhante, para que a sua pele tire partido das propriedades terapêuticas das nossas águas.


Mais informações no site Termas da Ferraria
Se precisar de carro, não esqueça as nossas promoções:




Trilho Pedestre - Chá Gorreana

Já neste tópico falamos sobre o chá, nomeadamente sobre o chá da Gorreana. Hoje colocamos informação sobre um trilho pedestre de interesse cultural: o trilho PRC28SMI





Esta pequena rota circular começa e termina junto à Fábrica de Chá Gorreana.


Atravesse cautelosamente a estrada regional em direcção ao portão de acesso à plantação de chá e siga em frente até encontrar indicação para virar à esquerda.

Esta é a parte ascendente do percurso que se desenvolve em caminho de terra batida pelo meio da plantação de chá.

Cerca de 1.200 metros após o início do percurso irá passar por cima de uma ponte em pedra. A pastagem passa a tomar o lugar do chá e das matas.

Cerca de 450 metros depois verá à sua direita um conjunto de construções de apoio à actividade agrícola. Siga em frente, de novo com o chá como companhia e depois a pastagem.

Depois de atravessar uma mata de criptomérias, vire à esquerda em direcção ao ponto mais alto do percurso. Pouco depois encontrará bebedouros de gado do lado direito.

Após 100 metros, no alto da pastagem, vire à direita e dirija-se à Casa do Mirante, uma construção neste momento em ruína, de onde pode desfrutar de uma magnífica vista sobre grande parte da costa norte da ilha, desde o Pico da Vara, para nascente, até à Ribeirinha para noroeste. Em baixo, as plantações de chá e a Fábrica da Gorreana.

Volte pelo mesmo caminho e no final deste troço, encontrará uma indicação para virar à esquerda atravessando uma pastagem. Siga junto à mata de criptomérias, contornando pastagem até entrar de novo no caminho, onde deverá virar à esquerda.

Após 200m perto de uma antiga casa da lavoura, entre à sua esquerda num caminho que o conduzirá à entrada para a plantação de chá.

A parte final do percurso desenvolve-se no interior da plantação, até de novo chegar à estrada regional.

No final do percurso visite a Fábrica de Chá Gorreana onde pode temperar as suas forças com um chá à sua escolha.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Promoção alojamento + carro

Procura alojamento + carro em Ponta Delgada? Nós temos a solução para si. Proporcionamos a quem nos visitar nesta Primavera, Estadia com Aluguer de viatura do grupo B, a partir de 95.00Euros, assim pode desfrutar da beleza da ilha e recuperar energias nos nossos Alojamentos
Promoção válida para reservas no nosso site até Maio .

domingo, 27 de novembro de 2011

Destaques até ao final do mês de Novembro

Ficam aqui as nossas sugestões até ao final de Novembro. Exposição "A Arte do Barro" a decorrer em Vila Franca do Campo e música na noite de quarta feira.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Propostas para o seu fim de semana

Se gosta de se divertir, este fim de semana não pode perder em Ponta Delgada o 7º aniversário do Fair Play. No sábado destaque para Fubu Beatbox e no domingo Diogo Menasso.

Ainda neste fim de semana, no dia 26 pode assistir


As 7 viagens de Geremias Garajau no Teatro Micaelense, 21h30

Um grupo de atores, cantores e músicos encena, em jeito de comédia musical, As 7 Viagens de Jeremias Garajau. Neste espetáculo, onde se cruzam o teatro, a música e o vídeo, revisitam-se algumas das mais importantes efemérides relativas à História dos Açores.

A peça narra a história do velho professor Jeremias Garajau, personagem extravagante, historiador e filósofo, obcecado com o enigma do tempo. Garajau decide vender a alma ao Diabo em troca do conhecimento dos passado e do futuro. O Diabo propõe ao velho professor um pacto: Jeremias Garajau fará 7 viagens ao passado, testemunhando alguns dos acontecimentos mais marcantes da História dos Açores; todavia, tal como no mito do Dr. Fausto, deverá renunciar ao amor. Conseguindo ultrapassar as armadilhas e tentações dessas viagens, poderá então conhecer o futuro. No seu atribulado périplo, Jeremias irá encontrar diversas personagens, históricas ou imaginárias, que serão protagonistas de alguns dos momentos mais expressivos da História insular.

Circo de Natal, Coliseu Micaelense, 10h30,16h30, 21h00

Um espetáculo para toda a família, com cerca de duas horas de duração, que terá acompanhamento “ao vivo” pela Montecarlo March – orquestra de circo de Bucareste e várias atracções artísticas: os palhaços musicais Maximus, a antipodista Cintya Luftman, a equilibrista em espada Sonia Campos, os cascadores escoceses Munoz Brothers em acrobacias cómicas, malabarista espanhol Erick, os cãezinhos do far west pela familia Richter da Húngria, o numero aéreo de comédia de Kristof Richte com um cão que perturba o numero aéreo de seu treinador e a atracão mundial de nacionalidade Espanhola Jose Munoz, que executa um espetacular duplo salto mortal em arame.  


No Domingo, 27 de Novembro, sugerimos a visita a: 

Exposição de Pintura "Momentos", de Carlos Mota na Academia de Artes dos Açores



A exposição patente ao público entre 26 de Outubro e 9 de Novembro e de 27 de Novembro a 10 de Dezembro, de segunda a sexta das 14 às 19
horas e sábados das 10 às 13 horas.


 
 
Temporada de Música 2011 - Triunvirato, Teatro Ribeiragrandense, 21h30

 Nuno Inácio, flauta transversal
Marco Pereira, violoncelo
Paulo Pacheco, piano

Obras de C. M. von Weber, B. Martinu e A. Piazzolla

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Desfrute da natureza nas Reservas Florestais de Recreio

















Nas suas visitas a São Miguel aproveite ao máximo para relaxar e envolver-se na natureza. Uma das boas formas para conseguir isso é conhecendo as reservas florestais de recreio existentes na ilha verde. A floresta nos Açores, fazendo parte integrante e indissociável da paisagem açoriana, tem desempenhado, além da sua componente produtiva, um papel de grande importância no que diz respeito à conservação dos recursos naturais e ambientais, promoção do recreio ao ar livre e bem estar social das populações. Em São Miguel pode visitar as seguintes Reservas Florestais e de Recreio:



Localiza-se na Freguesia de Fajã de Cima, Concelho de Ponta Delgada, possui uma área de 49 ha e situa-se a uma altitude de 240 m.
Ao longo desta reserva encontramos espaços destinados aos amantes do desporto ao ar livre.
Este espaço contém um centro de divulgação florestal, bem como, colecções botânicas temáticas e miradouro.


Reserva Florestal de Recreio da Chã da Macela
Localiza-se na Freguesia de Santa Cruz, Concelho de Lagoa, possui uma área de 28 ha e situa-se a uma altitude de cerca de 300 m.
Para além de espaços de lazer comuns às diversas reservas existentes na ilha, podemos aqui também encontrar miradouros onde podemos admirar diversos cenários da paisagem desta ilha.




Reserva Florestal de Recreio do Cerrado dos Bezerros
Localiza-se na Freguesia de Ponta Garça, Concelho de Vila Franca do Campo, possui uma área de 10 ha e está situada a uma altitude de cerca de
550 m.
Agradável Parque Florestal, com grande variedade de plantas e flores, é muito procurado no Verão para merendas ao ar livre.





Reserva Florestal de Recreio do Viveiro das Furnas
Localiza-se na Freguesia de Furnas, Concelho de Povoação, possui uma área de 3 ha e está situada a uma altitude de cerca de 220 m.
Para além de possuir zonas de lazer comuns a todos os parques, aqui também podemos encontrar um Centro de Divulgação e um Posto Aquícola.




                                            Reserva Florestal de Recreio de Água Retorta
Localiza-se na Freguesia de Água Retorta, Concelho de Povoação, possui uma área de 15 ha e situa-se a uma altitude de 390 m.
Este Parque possui exemplares de várias espécies florestais e ornamentais, desde espécies endémicas e exóticas.
Existe, um posto florestal para apoio e informação aos visitantes, colecções botânicas temáticas, e trilhos para passeios pedestres.



Reserva Florestal de Recreio do Viveiro do Nordeste
Localiza-se na Freguesia e Concelho de Nordeste, possui uma área de 4 ha e está situada a uma altitude de cerca de 160 m.
À entrada do parque o visitante pode observar uma extensa área de viveiro florestal, onde são semeadas todos os anos diversas espécies de plantas. Este parque possui ainda zonas de lazer onde se pode apreciar simpáticos gamos, avestruzes entre uma variedade de aves exóticas.



                                        Reserva Florestal de Recreio da Cancela do          
                                        Cinzeiro
Esta Reserva Florestal também é conhecida por Pedreira do Nordeste.
Localiza-se na Freguesia de Pedreira do Nordeste, Concelho de Nordeste, possui uma área de 10 ha e está situada a uma altitude de cerca de 550 m.
Esta reserva encontra-se equipada com percurso de manutenção e trilhos pedestres situados ao longo de uma mancha florestal de beleza singular. Podem, igualmente, ser observadas exemplares de variadíssimas espécies endémicas da região e colecções botânicas temáticas.


 
Reserva Florestal de Recreio da Fajã do Rodrigo
Localiza-se na vila do Nordeste, tendo uma área com cerca de 1,5 ha. Este espaço proporciona a quem o visita um contacto directo com espaços naturais e flora endémica ao mesmo tempo que pode usufruir de espaço dedicados ao lazer.
A Reserva Florestal da Fajã do Rodrigo insere-se na Zona de Protecção Especial do “Pico da Vara/Ribeira do Guilherme”, detendo, por isso, um importante papel no desenvolvimento de acções de educação e sensibilização ambiental em relação, nomeadamente, ao Priolo (Pyrrhula murina), ave endémica da ilha de São Miguel.
 

E se precisa de carro para conhecer essas reservas e apreciar tudo o que a natureza tem para lhe oferecer, não se esqueça que temos uma ótima promoção.